A Sessão Ordinária dessa terça-feira (13), na Câmara Municipal de Arapiraca, foi marcada por fortes manifestações de preocupação em torno da iminente desativação da Maternidade Mãe Rainha, do Hospital CHAMA, prevista para o dia 20 de agosto. O tema, que tem mobilizado a sociedade arapiraquense, foi abordado com ênfase nas falas do presidente da Casa, vereador Léo Saturnino, e do vereador Vavazinho.
Léo Saturnino iniciou sua fala reafirmando a gravidade da situação. Segundo ele, o fechamento da maternidade representa uma ameaça direta à assistência materno-infantil na 2ª Macrorregião de Saúde de Alagoas. Ele destacou que a unidade realiza mais de mil partos a cada trimestre, sendo referência para dezenas de municípios.
Em um tom de alerta e compromisso com a população, o presidente da Câmara revelou que a prefeitura de Arapiraca já realizou contato com o Hospital ÁGAPE, como alternativa emergencial para a continuidade do serviço de obstetrícia.
“Estamos preocupados com a assistência às gestantes de Arapiraca e região. O município está buscando soluções. Já houve diálogo com o ÁGAPE para estruturar esse atendimento, mas é preciso o envolvimento do Estado para garantir suporte financeiro e técnico”, pontuou.
Saturnino também apelou ao Governo de Alagoas para que se manifeste oficialmente e contribua na construção de uma saída viável, antes que o colapso se instale de vez na rede de saúde do Agreste.
O vereador Vavazinho reforçou as críticas ao desmonte da saúde regional, destacando que parturientes já estão sendo transferidas para o Hospital Santa Rita, em Palmeira dos Índios, a cerca de 40 km de distância.
“Essa realidade é desumana. Estamos sobrecarregando hospitais e colocando em risco a vida de mães e recém-nascidos”, afirmou.
Ainda durante a sessão, o vereador voltou a cobrar melhorias na segurança pública local. Denunciou a precariedade dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e a falta de viaturas, pedindo urgência do Governo do Estado no reforço do policiamento em Arapiraca.
A sessão foi encerrada com apelos para que a população se una em torno da defesa do atendimento obstétrico e por mais segurança no município.



